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quarta-feira, 29 de junho de 2011

TERNURA




Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor
seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentando
Pela graça indizível
dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura
dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer
que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas
nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras
dos véus da alma...
É um sossego, uma unção,
um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta,
muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite
encontrem sem fatalidade
o olhar estático da aurora.



AUTORIA VINICIUS DE MORAES
POSTADO POR MARLENE DE GOES



terça-feira, 28 de junho de 2011

SONETO ANTIGO




Responder a perguntas não respondo.
Perguntas impossíveis não pergunto.
Só do que sei de mim aos outros conto:
de mim, atravessada pelo mundo.

Toda a minha experiência, o meu estudo,
sou eu mesma que, em solidão paciente,
recolho do que em mim observo e escuto
muda lição, que ninguém mais entende.

O que sou vale mais do que o meu canto.
Apenas em linguagem vou dizendo
caminhos invisíveis por onde ando.

Tudo é secreto e de remoto exemplo.
Todos ouvimos, longe, o apelo do Anjo.
E todos somos pura flor de vento.Cecília Meireles [Image]
Responder a perguntas não respondo.
Perguntas impossíveis não pergunto.
Só do que sei de mim aos outros conto:
de mim, atravessada pelo mundo.



POEMA DE CECILIA MEIRELIS
Postado por Marlene

sábado, 25 de junho de 2011

MOMENTO RETICENTE AUTORIA SONIA SILVINO


Momento reticente...

Posted by Picasa
Respiro...
Suspiro...
Transpiro...
Penso e repenso...
Momento tenso...
Anseio...
Devaneio...
Bloqueio...
Insisto...
Quase desisto...
Persisto...
Conquisto...
Perco...
Reencontro...
Canso...
Descanso...
Avanço...
Retrocedo...
Tenho medo...
Recomeço...
Meço...
Me despeço...
Sofro...
Envelheço...
Desapareço...
Retorno ao começo!
***
Sônia Silvino
Obrigada pela compreensão e pelo carinho de sempre, minha amada!
Beijinhos meus!
POSTADO POR MARLENE DE GOES

quinta-feira, 23 de junho de 2011

HISTORIA DE AMOR




Vieste... E me falaste de um alguém infiel
que traíra a tua vida
e a quem deras no entanto o teu amor...
Vieste... E me falaste a linguagem de fel
da tua alma ferida,
( e em teus olhos havia atormentada e presa
uma imensa tristeza, um profundo amargor...)
Quem te viu como te vi - a falar a linguagem
da suprema amargura
da incurável desilusão,
como quem abatido chega ao fim da viagem
e encontra um velho sonho de ventura
em pedaços no chão...
Quem te viu como eu vi – beirando o precipício
e quase em desatino,
sem saber procurar se quer um novo início
para o seu destino...
Vieste... e eu dei-te o abrigo dos meus braços,
- comovi-me... e senti meus olhos baços
diante da tua dor...
e sem que eu próprio saiba como consegui
aos poucos, muito aos poucos, dia a dia, eu vi
que vencias o infiel, o amargurado amor...
Uma tarde... em que te vi chegar, rindo e chorando,
numa emotividade
que punha em teu olhar imprevisto esplendor,
pensei que nessa tarde enfim, eu te pudesse
desvendar meu segredo de felicidade
e pedir teu carinho para meu amor...
Chegaste... Me entregaste a mão, e me disseste
entre terna e comovida:
- Ah! Meu amigo!
nem tu compreenderás todo o bem que fizeste
agora que afinal posso seguir de novo
radiante, sem perigo...
E entre terna e comovida
silenciaste,
e me entregaste a mão...
Era a despedida...
- pior que a despedida: - era a separação...
Num derradeira gesto impensado, numa alegria louca
no instante de partir:
- beijaste-me na boca
e te foste a sorrir...
Para que? Para que me beijaste-me na boca?
Hoje a minha alma sofre , e o meu desejo goza
a angústia dessa lembrança...
Ah! Meu amor... o quanto foste louca
e impiedosa,
o quanto foste criança!
( Poema de JG de Araujo Jorge, extraído do livro
"Meu Céu Interior", 1ª edição, 1934 )


terça-feira, 21 de junho de 2011

AIMPORTANCIA DE SER VOCE MESMO







Certo dia, um Samurai, que era um guerreiro muito orgulhoso,
veio ver um Mestre Zen.
Embora fosse muito famoso, ao olhar o Mestre,
sua beleza e o encanto daquele momento,
o samurai sentiu-se repentinamente inferior.
Ele então disse ao Mestre:
- "Por quê estou me sentindo inferior?
Apenas um momento atrás, tudo estava bem.
Quando aqui entrei, subitamente me senti inferior
e jamais me sentira assim antes.
Encarei a morte muitas vezes,
mas nunca experimentei medo algum.
Por quê estou me sentindo assustado agora?"
O Mestre falou:
- "Espere. Quando todos tiverem partido, responderei."
Durante todo o dia, pessoas chegavam para ver o Mestre,
e o samurai estava ficando mais e mais cansado de esperar.
Ao anoitecer, quando o quarto estava vazio,
o samurai perguntou novamente:
- "Agora você pode me responder por que me sinto inferior?"
O Mestre o levou para fora. Era um noite de lua cheia
e a lua estava justamente surgindo no horizonte.
Ele disse:
- "Olhe para estas duas árvores, a árvore alta
e a árvore pequena ao seu lado.
Ambas estiveram juntas ao lado de minha janela durante anos
e nunca houve problema algum.
A árvore menor jamais disse à maior
"Por quê me sinto inferior diante de você?
Esta árvore é pequena e aquela é grande - este é o fato,
e nunca ouvi sussurro algum sobre isso."
O samurai então argumentou:
- "Isto se dá porque elas não podem se comparar."
E o Mestre replicou:
Então não precisa me perguntar. Você sabe a resposta.
Quando você não compara, toda a inferioridade
e superioridade desaparecem.
Você é o que é e simplesmente existe. Um pequeno arbusto
ou uma grande e alta árvore, não importa, você é você mesmo.
Uma folhinha da relva é tão necessária quanto a maior das estrelas.
O canto de um pássaro é tão necessário quanto qualquer Buda,
pois o mundo será menos rico se este canto desaparecer.
Simplesmente olhe à sua volta.
Tudo é necessário e tudo se encaixa.
É uma unidade orgânica, ninguém é mais alto ou mais baixo,
ninguém é superior ou inferior.
Cada um é incomparavelmente único.
Você é necessário e basta.
Na Natureza, tamanho não é diferença.
Tudo é expressão igual de vida.

SITE =A MAGIA DAS MENSAGENS.COM.BR
MENSAGEM POSTADA POR MARLENE


segunda-feira, 20 de junho de 2011

POEMA A UM AUSENTE




Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.

Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?

Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.

Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar



poema de  CARLOS DRUMOND DE ANDRADE


POSTADO POR MARLENE DE GOES

sábado, 18 de junho de 2011

AMOR DE MENTIRAS


I
Eram beijos de fogo, eram de lavas,
e sabiam a sonhos e ambrosias.
Com pensar que a boca com que os dava
era a mesma  afinal com que mentias?

Se eras as mais humilde das escravas
em dádivas, anseios, alegrias,
- como prever que o amor que me juravas
seria mais uma das tuas heresias ?

Como supor ser tudo um falso jogo?
E crer que se extinguisse aquele fogo
que acendia em teus olhos duas piras?

E descobrir, - no instante em que me amavas, -
que em tua boca ansiosa misturavas
ao mesmo tempo beijos e mentiras ?

II
Eram brancas as mãos, brancas e puras,
mãos de lã, de pelúcia, mãos amadas...
Como prever, vendo-as fazer ternuras,
que nas unhas traziam emboscadas ?

Era tão doce o olhar... em conjeturas
felizes, e em promessas impensadas...
Como enxergar, portanto, as amarguras
e as frias traições nele guardadas ?

Como pensar em duas, se somente
uma eu tinha em meus braços, e adorava,
e a outra, - uma impostora, - se mantinha ausente.

E, afinal, como ver, nessa alegria,
que o amor que tanta Vida me ofertava
seria o mesmo que me mataria ?
( Poema de JG de Araujo Jorge
extraído do livro Epera- 1960 )



POSTADO POR 


Marlene de Goes

quinta-feira, 16 de junho de 2011

OLHANDO PARA TRAZ




A caminhada foi longa e a história desditosa..
Meus caminhos foram de pedra ,nem sempre colhi as rosas
E por todos os lugares que passei,nem sempre fui fiel
Nem sempre plantei boas sementes !!!,talvez porque
Da vida fui descrente e muitos sonhos não realizei
Quis,de sonho e iluzão criar o meu castelo!!!
Eu o imaginei tão lindo e tão belo,mas o construí e na areia
E as águas com impiedade o destruíu inteiro.
Sem deixar que restace,nada de verdadeiro
Porque este sonho sempre foi em vão.
Foi como acordar do sonho do canto de sereia
E sentir a realidade,por inteira.fui eu folhas secas no vendaval
Não era este o sentido desta vida,nem para sonhar nem amar
Porque não sei ,fui levada por outros caminhos
Onde me senti sempre triste e sozinho
Sem ter nem sombras do que eu sonhei um dia
Hoje olho para traz e vejo as pedras,em que tropecei
Que me feriram os pés pelo caminho
Mas eu sei que não sofri sozinha,teu coração sofreu também
Não me importa se te amei a vida inteira,sem te conhecer
Se nossos caminhos tivessem antes se cruzado
Talvez seria maior o amor que eu te dediquei.
Hoje prefiro assim amar-te mudo
Neste segredo,hoje eu tenho tudo,nos sonhos
Que no coração guardei,espero que no final desta viagem
Eu possa adormecer entre teus braços
E viver dos sonhos que sonhei
Por toda a vida!!!

Escrito e postado por Marlene de Goes

sábado, 11 de junho de 2011

MURMURIO DE UM CORAÇÃO



Para voce hoje são minas palavras
hoje que sinto o teu olhar ausente
e o coração sufocado pela saudade
por tua ausencia pela distancia
Vejo a inquietude das tuas mãos
que não abriga minhas mãos  entre as tuas,,
Caminhas cabisbaixo pelas ruas Pensando que a vida 
ja não tem mais importancia,quisera abraçar-te nesta hora 
tranquilizar teu coração,dizer-te não são em vão  as tuas lagrimas
E que este tempo nunca foi perdido,que por mais que tenhamos sofrido
nosso sonho nunca foi em vão.


Ja não lamento a angustia da saudade
Na solidão procuro confortar meu coração
Com a lembrança que ficou dos sonhos não vividos
Palavras de carinho sonho desfeito,despertei sozinho
Não consegui alcançar teu coração
que hoje pulsa,lento e só triste vazio
por não sentir minha mão em tuas mãos
Te espero hoje ,,amanhã um outro dia!!!
E o tempo vai passar vencendo os dias,,,
E eu vou guardar-te em meu coração
Inesplicavelmente,aqui distante!!!


escrito por  Marlene De Goes

quinta-feira, 9 de junho de 2011

POEMA AOS POETAS DO MUNDO

Louca saudade
Em tua louca saudade,disseste ao poeta que não se vive de ilusão
S e a vida dele é de sonhos e quimeras que acalentam seu coração
Por que tinhas que reclamar da ausência e da espera
Do vazio e solidão,poetas são homens do mundo
Ninguém prende seu coração!!!
Amam a todas as mulheres,comparando-as com  as flores
Quando então floresce a primavera,,,
Os poetas tem mil amores
Querendo sentir o perfume de todas,em seus anseios de paixão
Amam  durante toda a vida mas ninguém é dona de seu coração
São galantes educados,as vezes são anjos as vezes
São só poetas,não aceitam prisões ,pois são livres como pássaros
Sonham sonhos de meninos,conseguem voltar no tempo
São estrelas lindas que brilham no alto do firmamento
Encantam aos corações que sonham com suas rimas
Vivem seus grandes amores na iluzão de momentos
Adoram escrever seus versos suas rimas matutinas
Sua alma é encantada,como estrelas que iluminam
Quem és tu poeta?,que habitas meu coração
Fizeste aqui o teu ninho,mas partiste deixando o vazio
Triste e só nesta solidão!!!
Os sonhos de um poeta,não cabem nas minhas mãos..

Dedicado a todos os poetas
Que vivem em seu sonho ,seu mundo encantado
Onde tudo é possível onde nada é proibido!!!

Escrito e postado por Marlene De Goes

quarta-feira, 8 de junho de 2011

REFLEXÕES



Hoje em dia andamos preocupados com a nossa vida de uma maneira
onde esquecemos às vezes daspoucas coisas, as que achamos
inferiores ou primárias. Nossa vida é única e muito preciosa para
ser desperdiçada com coisas minúsculas e pensamentos voltados
para energias negativas. As pessoas só olham para o próprio
umbigo e se esquecem de como é bom ter amigos em quem
podemos confiar e conversar.Quando estamos zangados só
queremos ouvir a nossa consciência, não paramos para discernir
o que está acontecendo, achamos que todos estão contra nós
e por issosomos os certos e todos estão errados, será?
Não devemos julgar as pessoas que nos cercam e muito menos
as que não conhecemos, não devemosachar que somos os "maiorais"
em relação a este ou aquele ser humano, somos todos iguais,
 perante o grandioso Deus, pois é justo e irá nos dizer se
estamos certos ou errados.
Amigos são pessoas que Deus nos envia para nos ajudar em nossa
vida terrena, onde ocorre umatroca de amor e compreensão,
pois sem ter, o dar e o receber não existe relação nenhuma,
muito menos a de amizade.
Não somos perfeitos, por isso estamos aqui aprendendo a
aprender.Será que vale a pena ser mesquinhos
com nossos semelhantes?

site cantinho da lena

Profª Maria Ap. Beltrame



 postado por Marlene de Goes

segunda-feira, 6 de junho de 2011

CARLOS DRUMMON DE ANDRADE



 

CARLOS DRUMMON DE ANDRADE


Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta. De sol quando acorda. De flor quando ri.

Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio

 e sem agenda. Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça, lambuzando o queixo de sorvete,

melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem pra escolher. O tempo é outro.

E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende de ver.

Tem gente que tem cheiro de colo de Deus.

De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul.

Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que alguns são invisíveis.

Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa e trocando o salto pelo chinelo,

sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de quem não liga pra isso.

Ao lado delas, pode ser abril, mas parece manhã de Natal do tempo em que a gente acordava e encontrava

o presente do Papai Noel.

Tem gente que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no céu

e daquelas que conseguimos acender na Terra.

Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza.

Ao lado delas, a gente se sente visitando um lugar feito de alegria,

recebendo um buquê de carinhos, abraçando um filhote de urso panda,

tocando com os olhos os olhos da paz.

Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave que sua presença sopra no nosso coração.

Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa, do brinquedo que a gente não largava,

do acalanto que o silêncio canta, de passeio no jardim.

Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume que vem de dentro e que a atração que

 realmente nos move não passa só pelo corpo. Corre em outras veias. Pulsa em outro lugar.

Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos Deus está conosco, juntinho ao nosso lado.

E a gente ri grande, que nem menino arteiro.

Postagem do blog RAPA DO TACHO hoje.
POSTADO POR MARLENE


sábado, 4 de junho de 2011

MEU CORAÇÃO ESTA EM SUAS MÃOS



Me vi buscando sombras, vestígios, sentimentos,
E algo em mim ameno, mostrou-se bem mais sedento,
Tirando-me desta plenitude, fazendo-me lembrar,
Que tudo se esvai, até mesmo meus vãos pensamentos.

Te dei o meu coração, desfiz dos meus sonhos ao amar-te,
Tomara suas mãos frias não o congele de todo,
E seu desgosto não venha navalhá-lo,
Pois ainda que peças, nada mais tenho para dar-te.

Guarda-o em ti, como num descanso celeste aqui,
Pois percebi que só há tranqüilidade em ti,
Aqueça tuas mãos, suga raios de sol, que ferva sua voz,
Que não mane de seus lábios o vulgar eu e você, deixe fluir o nós.

Leva-me à outra plenitude, que eu possa ver além deste finito,
Aqueça seu fôlego, fale aos meus ouvidos, uni seus lábios aos meus,
Leva-me a tocar em estrelas, a conhecer outros céus,
Abra seu coração e ouça o meu silencioso grito.

Depois verei, se peço de ti de volta, o meu tão frágil coração,
Que partiu de mim, seguindo sua sombra e caiu em suas mãos,
Peço, não o devolva com sede e fome como chegou a ti,
Pois nada há mais triste, que desiludir-se do sonho e da ilusão.



POSTAGEM
SILVIAH CARVALHO

COPIADA POR MARLENE

quinta-feira, 2 de junho de 2011

A VALSA


Tu, ontem, Na dança Que cansa, Voavas Co'as faces Em rosas Formosas De vivo, Lascivo Carmim; Na valsa Tão falsa, Corrias, Fugias, Ardente, Contente, Tranqüila, Serena, Sem pena De mim! Quem dera Que sintas As dores De amores Que louco Senti! Quem dera Que sintas!... - Não negues, Não mintas... - Eu vi!... Valsavas: - Teus belos Cabelos, Já soltos, Revoltos, Saltavam, Voavam, Brincavam No colo Que é meu; E os olhos Escuros Tão puros, Os olhos Perjuros Volvias, Tremias, Sorrias, P'ra outro Não eu! Quem dera Que sintas As dores De amores Que louco Senti! Quem dera Que sintas!... - Não negues, Não mintas... - Eu vi!... Meu Deus! Eras bela Donzela, Valsando, Sorrindo, Fugindo, Qual silfo Risonho Que em sonho Nos vem! Mas esse Sorriso Tão liso Que tinhas Nos lábios De rosa, Formosa, Tu davas, Mandavas A quem ?! Quem dera Que sintas As dores De amores Que louco Senti! Quem dera Que sintas!... - Não negues, Não mintas,.. - Eu vi!... Calado, Sózinho, Mesquinho, Em zelos Ardendo, Eu vi-te Correndo Tão falsa Na valsa Veloz! Eu triste Vi tudo! Mas mudo Não tive Nas galas Das salas, Nem falas, Nem cantos, Nem prantos, Nem voz! Quem dera Que sintas As dores De amores Que louco Senti! Quem dera Que sintas!... - Não negues Não mintas... - Eu vi! Na valsa Cansaste; Ficaste Prostrada, Turbada! Pensavas, Cismavas, E estavas Tão pálida Então; Qual pálida Rosa Mimosa No vale Do vento Cruento Batida, Caída Sem vida. No chão! Quem dera Que sintas As dores De amores Que louco Senti! Quem dera Que sintas!... - Não negues, Não mintas... Eu vi! Casimiro de Abreu
postado por marlene de goes
site eternos poemas



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